Tenho refletido sobre o sentido da vida já há um bom tempo, dizem que o sentido da vida está no amor, em Deus, nos amigos, enfim nas coisas boas que temos ou vivemos. Mas será mesmo possível dar um sentido a vida? Segundo a Bíblia dos cristãos Deus criou o homem e lhe deu um objetivo: crescer, multiplicar e adorá-lo e ainda torcer para ser agraciado com a vida eterna em um paraíso.
Segundo Charles Darwin, 1809-1882, naturalista inglês, em A Origem das Espécies. “Todos os seres orgânicos que vivem sobre a Terra, descendem provavelmente de uma única forma primordial, na qual a vida foi insuflada pela primeira vez.” Sendo assim somos apenas animais lutando pela sobrevivência, confesso que observando a natureza não vejo grandes diferenças entre o homem e os animais. Segundo Richard Dawkins, sociobiólogo inglês, em The Blind Watchmaker “A seleção natural é um relojoeiro cego; cego porque não antecipa, não planeia consequências, não tem um fim em vista, embora os seus resultados nos impressionem vivamente e pareçam ser a de um mestre relojoeiro, envolvendo design e planejamento.”
Mesmo sem um criador, pode se achar um sentido para vida como o amor, o acumulo de bens materiais, mas aparentemente nada justifica tanto esforço pois logo morremos e tudo aquilo por que lutamos perde novamente o seu sentido.
Sinceramente eu gostaria muito de ter a certeza de um criador, pois assim saberia porque estou aqui, poderia entender porque existe tanto sofrimento no mundo, tanta desigualdade e porque isso parece não ter importância nenhuma para os seres humanos.
Os seres humanos não podem viver com a revelação da ciência. A ciência roubou-nos a nossa religião. A raça humana era o desígnio, o coração, a causa final de todo o sistema. A nossa religião colocava os nossos eus, definitivamente, no mapa universal. (…) A ciência diz-nos que os homens poderiam nunca ter existido, e que nada teria mudado, no Universo.Bryan Appleyard, jornalista e escritor inglês, Understanding the Present
Afinal alguém sabe qual e o sentido da vida?
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